Retireiros do Araguaia:

Os retireiros do Araguaia são um grupo social que têm conseguido seu reconhecimento nos últimos anos através de um intenso debate sobre proteção de seu território e sobre a relevância de sua identidade. Organizaram-se para a criação de uma unidade de conservação, a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Retireiros do Araguaia.  O modo de vida particular dos retireiros está ligado à criação extensiva de gado nas áreas inundáveis do rio Araguaia em seu médio e baixo curso, em regime de propriedade comum.

Ribeirinhos

São comunidades que vivem ao longo e às margens dos rios. Cada uma tem peculiaridades diferentes, marcadas por crenças, lendas, formas diversas de manuseio de animais, uso das plantas, entre outros. Peculiaridades essas que acabam tornando única cada comunidade. Além da atividade da pesca trabalham os quintais, que são espaços que contribuem para a subsistência da família, que exerce considerável papel econômico na vida das pessoas, onde estão plantas diversas, nativas e exóticas, pequenas hortas caseiras, criação de pequenos animais.

Vazanteiros

São comunidades que vivem em ilhas e barrancas do São Francisco, desenvolvem uma agricultura associada aos ciclos de enchente, cheia, vazante e seca do rio. Tiram o sustento da pesca, da agricultura, coleta e criação de animais. Ao longo do tempo vem se afirmando como comunidade tradicional e buscando apoio para manutenção de suas práticas culturais e produtivas, inseridas numa luta mais ampla por reconhecimento dos direitos territoriais. Vivem ameaçados e na iminência de serem expulsos pela implantação de Parques estaduais, pela construção de barragens, por projetos de extração mineral.